sexta-feira, 25 de maio de 2012

Os lobos em pele de cordeiro

Nos contos infantis, a figura do lobo é retratada como um ser, caçador por natureza, e astuto, melhor, muito astuto; poucas não são às vezes em que ele se veste como uma vovozinha acolhedora, amável e atenta, ou pede com educação para que lhe abram as portas de suas casas, mas, logo essa figura incorporada pelo lobo, como em um teatro, onde ele até então faz o papel do bem, se transforma para dar vida a suas verdadeiras intenções, que são, enganar, roubar, obter vantagens e até, por vezes, matar. Na política não é diferente, agora as vésperas das eleições para vereadores e prefeitos surgem seres de suas tocas, cavernas, ou sei lá aonde, para a “salvação” dos cidadãos, que muitas vezes em vão e por necessidades irão acreditar em todas as suas promessas e “capacidades”. As promessas e os meios para “aparecerem” para o eleitorado são diversos; inauguração, demolição, implosão, radio, televisão e/ou internet, o fato é que não estamos julgando as atitudes e idéias, que por sinal podem ser boas e utilizáveis, mas fica a pergunta, por que só agora? Nós o povo não precisamos de oportunistas alienados, lobos, mas sim de pessoas voltadas para “fazer o bem sem ver a quem”, melhor, fazer o bem para o povo e sem nenhuma promoção pessoal. E desde já lhes dou a dica, estes que aparecem de eleição em eleição e no tempo vago entre uma e outra se tornam invisíveis para a sociedade, sociopatas por natureza, são piores que o lobo, que por instinto, caça apenas para saciar sua fome. Que quando os lobos rondarem nossas portas já saibamos que seus dentes são para ludibriar, enganar; que suas garras são para desviar as verbas publicas para seus bolsos e que seus olhos, bem grandes, são para saciar suas ganâncias e escolherem suas vitimas, os eleitores. Vamos nos preparar, pois eles vêm com fome! Um grande abraço e boa sorte! Tiago Stavarengo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O mascote da Copa-2014 deveria ser um elefante, e branco.

Acredito que todos que lêem minha coluna já perceberam que sou contra, e muito, a essa gastança desnecessária para sediar um evento que mais prometo do que cumpre na questão de lucro, não sou contra sem opinião, mas sim, porque é comprovado que países que sediam Copas e Olimpíadas deixam para seu povo uma conta muito amarga para se pagar para as próximas e próximas gerações. Um grande intelectual brasileiro, Demétrio Magnoli, publicou um artigo esta semana, Festa Macabra, enumerando alguns números, para provar que a Copa será “um sorvedouro implacável para os cofres públicos”.
O texto diz, “Antes das Copas, consultores associados às redes mafiosas produzem radiosas profecias sobre os efeitos econômicos do evento. Depois, quando emergem os resultados efetivos, eles já estão entregues à fabricação de ilusões no porto seguinte.” Cita exemplo da última Copa do Mundo, “A África do Sul gastou US$ 4,9 bilhões em estádios e infra-estrutura, que gerariam de imediato rendas de US$ 930 milhões de dólares derivados do afluxo de 450 mil turistas, mas só arrecadou US$ 527 milhões de dólares dos 309 mil turistas que de fato entraram no país.”
O documento vai além, cita outros grandes eventos, como a Copa de 2002, Eurocopa e Olimpíadas de 2004; “Eventos esportivos globais tendem a gerar ruínas urbanas mesmo em países mais inclinados a zelar pelo interesse público. Japoneses e sul-coreanos ainda subsidiam a manutenção das arenas da Copa de 2002. As dívidas contraídas para as obras da Olimpíada de Atenas e da Eurocopa de 2004 aceleraram a marcha rumo à falência da Grécia e de Portugal”, prossegue. “A África do Sul incinerou US$ 2 bilhões na construção e reforma das dez arenas da Copa. Todas, com exceção do Soccer City, de Johannesburgo, usado para jogos de rúgbi e shows, figuram hoje como monumentos inúteis, conservados pela injeção de dinheiro público. A Cidade do Cabo paga US$ 4,5 milhões ao ano pela manutenção da arena de Green Point, erguida ao custo fabuloso de US$ 650 milhões e usado apenas 12 vezes depois da Copa. Lá, desenrola-se um melancólico debate sobre a alternativa de demolição do icônico estádio, emoldurado pela magnífica Table Mountain”, continua.
Isso que o famoso intelectual esqueceu, ou até mesmo não quiz, computar o já famoso roubo, desvio, mutreta, propina, superfaturamento e tantos outros adjetivos que se emplacam na administração do dinheiro público, o texto cita como positivo a evolução do transporte público em todas as sedes, mas ai eu te pergunto, vale a pena gatar bilhões para enganar o povo com alguns ônibus e pinturas de aeroportos?
Um grande abraço.
Tiago Stavarengo.

terça-feira, 19 de abril de 2011

SUS – Espelho da saúde no Brasil.

Neste país cerca de 26,67* crianças vão a óbito para cada 1.000 nascidas, 151,7 para cada 100.000 habitantes também vão a óbito por doenças cardíacas e circulatórias, juntamente com 72,7 óbitos para cada 100.000 habitantes causados pelo câncer, outras 71,7 para cada 100.000 habitantes morrem por causas externas (transporte, violência e suicídio). De acordo com um estudo da Economist Intelligence Unit no Reino Unido, sobre a qualidade de vida divulgado neste ano de 2010, o Brasil ficou em antepenúltimo lugar entre os quarenta países pesquisados devido a deficiências no tratamento paliativo**, à disponibilidade de medicamentos analgésicos e às políticas públicas para a saúde. Vergonhosamente ficou a frente apenas de países como Uganda e Índia.
O sistema público de saúde, SUS***, foi criado em 1988 pela Constituição Brasileira e tem como três princípios básicos a universalidade, integralidade e equidade. Universalidade afirma que todos os cidadãos devem ter acesso aos serviços de cuidados de saúde, sem qualquer forma de discriminação, com relação à cor da pele, renda, classe social, sexo ou qualquer outra variável. Integralidade (abrangência) afirma que a saúde do cidadão é o resultado de múltiplas variáveis, incluindo o emprego, renda, acesso a terra, serviços de saneamento básico, acesso e qualidade dos serviços de saúde, educação, boas condições psíquicas, familiares e sociais, e têm direito ao pleno e completo cuidado com a saúde, incluindo prevenção, tratamento e reabilitação. Equidade afirma que as políticas da saúde devem estar orientados para a redução das desigualdades entre os indivíduos e grupos populacionais, sendo os mais necessários aqueles para os quais devem ser as primeiras políticas direcionadas.
Um país que quer ser conhecido por sua grandeza, crescimento e conquistas não pode deixar algo tão importante como a saúde passar despercebido, sem investimentos, infra-estrutura, aperfeiçoamento de pessoal e leitos, um cidadão não pode esperar para receber atendimento médico, não pode esperar para receber atendimento especializado e não pode se sujeitar a passar sua vida dentro de ambulâncias que levam os enfermos a hospitais em grandes centros, também, completamente lotados e muitas vezes sem os necessários leitos. Hoje no Brasil se trata leitos de hospitais como vagas de hotéis, quem pagar mais, fica com o quarto, e como o verdadeiro cidadão brasileiro depende desta política pública de atendimento à saúde e não tem nenhuma condição de investir seu capital em tratamento particular ele acaba nessa roda-gigante do descaso, com mau atendimento e “sorte”, pois é isto mesmo que se precisa, sorte que consiga um leito, que consiga os medicamentos necessários para seu tratamento, que consiga os exames necessários para seu verdadeiro diagnóstico.
No Brasil para falar da saúde precisaríamos de três, quatro, melhor, várias semanas, tamanho é o descaso, mas aqui fica o nosso apelo, vamos lutar para fazer valer os três princípios básicos da saúde, pois se é constitucional então deve-se cumprir, e que os governos parem de fingir que está tudo bem com a saúde da nossa gente.
Um forte abraço a todos, que 2011 seja grandioso para todos nós, com saúde e paz.
Tiago Stavarengo.

* Fonte: Ministério da Saúde.
** Paliativismo é o conjunto de práticas médicas que visa oferecer dignidade e diminuição de sofrimento mais comum em pacientes terminais ou em estágio avançado de determinada enfermidade.
*** SUS: Sistema Único de Saúde.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Richa envia à Assembleia proposta que reajusta o mínimo regional em 6,9%

O governador Beto Richa entregou nesta terça-feira (12) ao presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni, a proposta para reajuste do salário mínimo regional do Paraná. O reajuste proposto, que ainda será votado pelos deputados estaduais, é de 6,9%. O novo piso regional, o mais alto do Brasil, deve entrar em vigor no dia 1° de maio. Se aprovado o percentual proposto pelo governo, o valor irá variar de R$ 708,14 a R$ 817,78, dependendo da faixa de ocupação do trabalhador.

“Fico gratificado porque chegamos juntos a esta conquista”, disse o governador, referindo-se à participação de representantes de trabalhadores e empresários nas reuniões do Conselho Estadual do Trabalho que definiram o índice de reajuste do piso regional. “Ainda mais importante do que os valores estabelecidos é a forma harmoniosa como se deram as discussões e debates, com o governo como intermediador, o que reflete o nosso estilo democrático e transparente de governar.”

Rombo no estado é de R$ 4,5 bilhões.

“Não sei qual o interesse, a quem servia ou o porque o governo contratou dessa forma, numa ilegalidade que chega a ser tão primária, que a gente fica perplexo, que é a tomada de preços”, afirmou o secretário chefe da Casa Civil do Paraná, Durval Amaral, na apresentação do diagnóstico da situação administrativa do estado, feita nesta terça-feira (12) pelo secretário de Controle Interno, Mauro Munhoz, no Palácio das Araucárias. O diagnóstico apresentado mostra um déficit de R$ 4,5 bilhões nas contas do estado em compromissos não honrados ou não previstos no orçamento do Estado para este e para os próximos anos.

Durval disse que não é possível entender a razão pela qual a Secretaria de Desenvolvimento Urbano dos governos Requião-Pessuti decidiu fazer 100% das contratações de obras civis por meio de registro de preços. A Lei de Licitações (8.666) fixa como deve ser feita qualquer modalidade de contratação de obras ou serviços no poder público. Para obras civis, existe apenas a modalidade de concorrência pública, seja por licitação, ou tomada de preços. “Mas temos centros da juventude, clínicas da mulher, escolas, todas contratadas por registro de preço. Não existe essa modalidade. Não é possível se contratar obra civil por registro de preços”, disse Durval.

Entre os contratos irregulares da Sedu há 23 escolas municipais que tiveram obras contratadas por registros de preços, ou as contratações foram feitas em período eleitoral. Algumas tiveram até aditivos contratuais autorizados antes do início das obras, o que é impossível pela Lei 8.666.

Como as obras estão em andamento, a orientação do governador Beto Richa é levar a situação ao Ministério Público do Paraná, para uma consulta para saber se as obras devem ser paralisadas, com prejuízo às crianças, ou se deve ser feito um Termo de Ajustamento de Conduta, sem prejuízo das investigações que serão feitas, com a continuidade das obras, as medições e os pagamentos.

Governo encontra rombo na Educação

Assim como em outras áreas a equipe que apresentou o relatório hoje na coletiva no Palacio das Araucárias, informou que na Educação foram encontrados R$ 57 milhões em despesas feitas sem empenho. A maior parcela refere-se ao pagamento de recisões de contratos de professores temporários do Processo Seletivo Simplificado (PSS), que requer R$ 41,6 milhões. Outras despesas importantes da pasta que não foram pagas somam quase R$ 15 milhões, incluindo telefonia, energia, água, processamento de dados e convênios.

Pelo menos 143 escolas estão sucateadas e prejudicam as aulas de milhares de alunos. São salas que apresentam goteiras e infiltrações e sofrem inundações, ginásios e refeitórios inadequados ou com paredes e pisos comprometidos, além de instalações depredadas, com problemas elétricos, hidráulicos e nas tubulações de esgoto.

Apesar das deficiências do setor, foram encontrados R$ 199 milhões em recursos disponibilizados pela União desde 2008 para construção de Centros de Educação Profissional e formação de professores, que ainda não foram utilizados. Também há repasses do governo federal feitos há três anos e parados em dezembro de 2010.

No ensino superior, os restos a pagar e contas sem empenho somam R$ 5 milhões e o estado deixou de repassar mais de R$ 100 milhões para manutenção de instituições de ensino superior, Tecpar, Fundação Araucária e Funpar.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Exercito antidrogas.

Droga (do francês drogue, provavelmente do neerlandês droog, “seco, coisa seca”), narcótico, entorpecente, são termos que denominam estas substâncias químicas que produzem alterações dos sentidos. No sentido original o termo abrange uma grande quantidade de substâncias, que pode ir desde carvão à aspirina, contudo, há um uso mais restritivo do termo para qualquer produto alucinógeno que leve à dependência química e, por extensão, a qualquer substancia tóxica (tal como fumo, álcool, etc.) de uso excessivo, sendo um sinônimo assim para entorpecentes.
Depois de sabermos com todas as palavras o significado cientifico das referidas drogas eu te pergunto, e qual o sentido disso tudo? Saber que as mesmas não são saudáveis causa dependência e levam os usuários e muitas vezes os familiares ao “fundo do poço” todos nós sabemos, mas e o que podemos fazer para evitar que nossos jovens entrem nesse caminho sem volta? Quem são os culpados por esta síndrome que assola a sociedade? São muitas perguntas e muitas respostas, resolver este problema de uma hora para a outra é quase impossível, precisamos de no mínimo prevenção, a sociedade precisa ser preventiva.
Hoje o governo (diga-se, em alguns estados) faz campanha de prevenção às drogas nas escolas públicas através na maioria das vezes da Polícia Militar, este trabalho é essencial e vejo com muitos bons olhos o trabalho feito por estes policias, mas somente isso não é o suficiente, enquanto tivermos extrema pobreza material e educacional os índices não tendem a diminuir, olhar o povo como números, fingir que tem se feito muito enquanto não se tem feito nada não vai colocar uma pedra nesse caminho sem volta, mas você me diria, as drogas não atingem somente os de classe mais baixas, é verdade, chegamos ao ápice das drogas, hoje as mesmas circulam livremente por locais públicos, estão se acostumando tanto com esse “comércio” que ninguém mais se espanta com os noticiários a seu respeito, vendo todos esses problemas é mesmo difícil acreditar que haverá solução, mas há. Precisamos colocar a mão na massa, em casa mesmo, garantir que nossos filhos não entrem nas drogas também é nosso dever e não somente da sociedade, do governo, precisamos ser verdadeiramente “inspetores” da nossa casa, já ouviu falar daquele zagueiro que marca o atacante no “pé de orelha”? Infelizmente é assim que precisamos ser. Hoje com a modernidade se deu muita liberdade para todos, com a liberdade veio o progresso, mas como todo passo há sempre uma sombra, e essa sombra chamada droga precisa ser contida com nossas forças.
Os que já são dependentes precisam de um trabalho de reabilitação progressivo, com apoio de varias áreas clinicas e sociais, com verbas governamentais, deixar essas vitimas do descaso nas mãos das próprias famílias, sendo que a maioria não tem condições de pagar o caríssimo tratamento, é faltoso, forçar os governos a manter bases de prevenção, de tratamento e todos nós fazermos nossa parte, já é um grande passo, e porque não dizer o verdadeiro caminho para erradicar essa síndrome.
Eu estou disposto a encarar essa luta, estou disposto a salvar nossa sociedade, se alistar nesse exercito contra as drogas, tenho certeza que todos estamos juntos nessa guerra e tenho mais certeza ainda que sairemos vitoriosos, com muita luta, esforço e ajuda, vamos ver no futuro de nossos jovens apenas o passo do progresso, sem essa sombra negra chamada droga.
Um forte abraço a todos.
Tiago Stavarengo.